quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Dia especial

Ontem foi um dia especial para mim: participei da comemoração dos 20 anos do curso de Psicologia do Mackenzie e fui homenageada por fazer parte da primeira turma.
A festa foi linda, reencontrei amigas que não via desde a formatura, houve uma apresentação da Orquestra do Pão de Açúcar que me lembrou muito meu pai (antipatias à parte, se não fosse por ele eu não estaria lá), muitos discursos, fofocas e saudades.
Foi meio demorado, mas valeu a pena. Ficamos todas nas primeiras fileiras, e os acompanhantes sentaram-se logo atrás. A toda hora eu olhava pro Luiz pra ver se ele estava com cara de tédio ou dormindo, e a surpresa veio no final quando ele disse que a festa tinha sido muito bonita, que a orquestra tinha sido o detalhe a mais e que eu merecia aquela comemoração.
Da minha parte, vários sentimentos se misturaram: primeiro a felicidade por ter me formado em algo que quis fazer, por ser parte de uma elite que tem acesso ao estudo universitário, por minhas amigas, professores e namorado estarem lá, por ser Mackenzista.
Aqui abro um parêntese. Muita gente fala que o Mackenzie é o clubinho da galera endinheirada de Higienópolis, mas não é bem assim. Eu sou classe média e graças ao esforço do meu pai pude cursar Mackenzie. É claro que tem gente lá que tem sim muita grana, assim como tem na PUC, Uninove e por aí vai. Só que o que me orgulha no Mackenzie é o fato de ter sido a primeira instituição de ensino que abrigou uma classe mista e teve na sua primeira turma um aluno negro, isso em 1870. Cidadania acima de qualquer coisa.
Depois da parte alegre, veio a triste. Eu não trabalho na área há muito tempo, e ver uma grande parte dos alunos que se formaram depois de mim dando aula lá me deixou mal. Cara, eu preciso ser mais assertiva, mais decidida e batalhar pelo que quero!!! Não ambiciono ser a próxima Anna Freud nem a Melanie Klein do futuro, mas sabe assim, ter uma profissão, trabalhar e cuidar da vida? Que soco no estômago!!! Acorda, Cristiane...
A festa!!!
Mas chega de tristeza, o negócio é correr em busca do que eu quero.
Beijos

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